MINHA HISTÓRIA EM TAGUATINGA - DF

     

  Cheguei em Taguatinga, no dia 10 de dezembro de 1962.

Estudava para ser padre, no Instituto Missionário Venerável Gaspar Bertoni,Seminário Superior dos Padres Estigmatinos  em Ribeirão Preto.

Era para ser apenas um período de férias escolares, mas devido ao estado de saúde de minha mãe, acabei ficando por aqui e me tornando um Candango.

Taguatinga ainda não estava consolidada com cidade, pois existia apenas a região central onde se localizavam os bancos da Lavoura e Crédito Real de Minas Gerais,  o Cine Paranoá, além do Bar Estrela, hotéis e a Farmácia Nacional.

O asfalto começava no balão central e seguia até a CNB 12, onde existia uma Madeireira Wagner e a Farmácia Virgem da Vitória. Dali em diante a Comercial norte era um loteamento que contava com vários barracos de madeira e mas com ruas traçadas e muitas praças que viriam a ser a do Bicalho, do Mercado Norte e do Cine Taguatinga (uma construção de madeira pintada de preto e em forma de baú com teto arredondado.

Lembro que depois do Mercado Norte, era um cerrado fechado, por onde passava uma estrada de terra, que dava acesso ao Cemitério.

Outra estrada saía da praça próxima ao Mercado e voltava em direção ao centro da cidade, passando pelo acampamento dos colonos do Incra (depois INIC). Esta estrada se tornou a Via SAMDU (denominação adquirida por causa de um posto de atendimento médico).

SAMDU  era o Serviço de Assistência Média Domiciliar de Urgência - hoje apenas SAMU.

O transporte era precário e vivia lotado. As pessoas se espremiam como sardinha e o pobre cobrador tinha que se virar para caminhar por entre todos afim de receber o dinheiro da passagem. Ele tinha que contar com a boa vontade das pessoas pois não conseguia memorizar de quem ele já havia cobrado. As primeiras empresas de ônibus foram "Jussara e Maristela".  

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