A ASSOMBRAÇÃO
A
ASSOMBRAÇÃO
Nossos pais gostavam de ir ao cinema com os vizinhos, quando eles estavam na cidade. Para que as crianças não ficassem sozinhas, eles pediam que eu meu irmão Ney fizéssemos companhia aos filhos Carminha, Carminho e Marcelo. Eu e o Marcelo com 8 anos, A Carminha com dez e Carminho e o Ney com seis anos.
A casa deles era tipo bangalô com
piscina, num grande terreno vizinho ao nosso, mas meio abandonado, cheio de
capim alto (tipo rabo de gato) que chegava a ultrapassar o muro.
A gente ficava até tarde,
sozinhos.
A babá já deixava lanche com suco,
água e biscoitos numa mesinha do alpendre para que a gente não a perturbasse
enquanto ela ficava com o namorado, trancada dentro da casa.
Ficávamos assim até muito tarde, quando cansávamos de nadar na piscina, íamos para o alpendre, brincar de baralho mico preto e de contar piadas, deitados no chão. Só que uma vez, passamos muito medo, porque minha irmã mais velha, Terezinha nos passou um grande susto.
Neste momento, uma voz sinistra, começou a falar:
- “Sou a morte...Vim buscar vocês...
por falarem palavras feias e xingarem um ao outro precisam ser castigados”.
Olhamos assustados para o local de onde vinham aquelas palavras e vimos uma mão branca, nos acenando. Todos apavorados, a Carminha sofreu uma crise nervosa e desmaiou...
Foi quando minha irmã abriu o portão entrou na maior gargalhada. Claro que foi uma brincadeira de extremo mal-gosto! Éramos todos crianças com menos de dez anos... um perigo de acontecer alguma tragédia!
Até hoje, não entendo como ela fez
para sua mão aparecer acima do muro, já que ela tinha apenas 1,60 de altura.
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